quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Culpas

Algo comum que nos passa pela mente nestes momentos, é a demanda por culpados.

Eu.
Ela.
Deus.
O Diabo.
O Cupido.
A Sorte.
O Azar.
O Sol.
A Chuva.
O tempo.
Os afazeres.
O dinheiro.
A distância.
A vida.
Todos.
Ninguém.

É uma temática onde nunca irá existir unanimidade. Nem na cabeça, coração, alma, nem entre os amigos com quem partilhamos as nossas desventuras.

Culpados são todos os que não tiveram a arte de saber cuidar e fazer florescer a beleza do amor.
Inocentes são todos os que se viram apanhados no mais poderoso maremoto de emoções.

Chega a ser insuportável aquele bichinho que zumbe dentro de nós, austero e inflexível com os nossos erros, mesmo que, por mais que olhemos para trás, não vejamos nenhum. Por mais que olhemos para trás, só vejamos a pureza e dedicação na nossa entrega.

Creio que a versão mais válida, é a de que o destino é mesmo assim. Não temos que carregar o estigma da incompetência eternamente. Talvez devessemos ser mais brandos connosco próprios e aceitar que, por razões que nos escapam, e às quais somos alheios, o destino simplesmente não parou na nossa paragem.

Injustamente.
Desmazeladamente.
Incompetentemente.
Criminosamente.

Mas a vida é mesmo assim. Lutamos por ela, contra ela, mas aqui e ali, ela vence-nos.
Claramente.
Sem hipóteses.

A vida é ingrata.
Vence-nos, mesmo sabendo nós que éramos os melhores. Os favoritos. Os campeões do que quer que fosse.
Custa, mas há que aceitar a derrota.
Pesada. Sempre demasiado pesada.
A perda da(o) nossa(o) amada(o)

Amanhã joga-se outra vez.
Ombros baixos fazem advinhar desinteressante resultado.

Até um dia.
Até um dia...

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