segunda-feira, 29 de março de 2021

Pandemias amorosas

Hoje vi-a!

Caminhava pela rua.

Movimentos tão delicados e belos como se uma prima donna no auge do Bolshoi fosse.

Covid?

Venha ele!

Dou-lhe um abraço de bom grado.

O pior que ele tem para me dar, não se compara ao que já padeço.

Tão fácil encontrar vacinas para o corpo.

E para a Alma?

Para o coração? 

Existe alguma vacina que nos cure?

Algum analgésico que nos alivie a dor?

Não, pois não?

A cura... sofrer e acreditar que o tempo resolve.

Talvez.

Já aconteceu.

Mas se os standard 15 dias para o Covid, mais semana, menos semana, curam a maioria das infeções, para o coração passam os meses, e a dor continua.

Quem passa por isso a sério, bem sabe o quanto é dura essa dor. Venham as doenças! Ao menos a dor do corpo distrai das dores da alma. Fazem-nos concentrar no presente. As outras... roubam-nos um futuro.

Sem querer ser repetitivo, sejam meninas ou meninos, nunca, mas NUNCA entrem numa relação de ânimo leve. Sem ser para lutar por ela genuinamente. Pode resultar, ou não. Mas lutem sempre. Pelos dois! 

O que me custa mais da G. , é o absoluto desprezo pelo Nós. Uma relação não é uma caminhada solitária. Existe alguém ao nosso lado. Alguém que merece ser respeitado...no mínimo... como parte integrante da relação. Alguém a quem se deve partilhar dúvidas, medos, receios, expectativas, sombras que possam enegrecer o futuro. Cabe aos dois resolverem essas questões. Nunca a um, como se numa ditadura hitleriana estivéssemos. 

Se esse um pode? Claro! Egoisticamente a pensar em si e no seu umbigo.

Se esse um deve? Nunca! É tratar o outro como um insecto a ser pisado. Sem voz. Sem argumentos. Sem Nada. Inútil. Impotente.

Nenhum de nós merece ser insecto.

Todos merecemos respeito!

Preocupados com pandemias?

Protejam o coração!

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