sexta-feira, 2 de abril de 2021

Porra!

Tantos caminhos...

Algumas relações.

Mais paixões.

E finalmente encontrei a tal.

G.

A minha amada.

Sabem porquê?

Porque quando amamos, não lhe queremos mal.

Só o bem.

Só a sua felicidade.

Mesmo que arda.

Doia.

Soframos.

Queremos desabafar, dizer-lhe, culpar, mostrar-lhe todo este fogo que nos arde por dentro, que nos consome, que nos mata aos poucos, que nos destrói. Mas por muito que definhemos, queremos que ela esteja bem. Sempre bem. Bela. Feliz. Intocável.

Tão cruel o Amor, não é?

Uma eterna maldição.

Que nos deixa viver, sem que no entanto consigamos viver a vida. Só sobreviver... Sem ela.

Que péssimo conselheiro me tornei.

Que horrível conselho este que vos dou.

O deixar ir.

Por amor.

Doi demais, não é?

Que se pode fazer?

Destruirmo-nos em súplicas que só nos desvalorizam. Nos tornam menores, miseráveis, nulidades.

Não!

Não podemos!

Triste consolo este.

Para nós.

Por ela.

Para que ela se sinta livre, que nos recorde com um leve sorriso dos momentos de felicidade que lhe proporcionamos. Os nossos momentos. Para sempre únicos.

É alguma coisa.

Muito pouca.

Ainda assim, alguma...

Uma tábua para a nossa estima, para que nos possamos olhar no espelho e orgulharmo-nos de quem se apresenta à nossa frente.

Um moribundo.

Um moribundo vivo.

Dói. 

Porra!

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Amor Zombie

Tão na moda andam os filmes e séries zombies por aí.

Para manter a atualidade e juntar umas achas à fogueira, lembrei de um novo conceito.

O Amor Zombie.

Não é isso que ele é?

Algo que fazemos o luto, pretendemos que esteja morto, que nunca o iremos ver...

E no entanto cruzámo-nos com ele na rua.

No meu caso, para verdadeiro rating de maiores de 18 anos, ela até é minha vizinha!

Como podemos fazer nós o luto de algo que anda pela rua.

Que vive.

Bem próximo de nós!

Bem que tento ver filmes, e filmes, e filmes de terror.

Mas nenhum é tão assustador como a realidade.

Ela vive.

Nos meus sonhos.

No meu pensamento.

Em todos os minutos da minha existência.

Para que ter medo de zombies, lobisomens ou vampiros, quando o Amor é o maior monstro de todos.

Aquele que nos tira o sono e tememos.

Aquele que nos aterroriza.

Só quem não ama, não sabe o que é ser perseguido por ele.

E ter medo.

Muito medo.

Que um dia... ele se vá e nos assombre... para sempre!

Livro "Desencantos de Amor"

Na senda do Happy End, o fecho de capítulo com chave de ouro. A publicação do livro "Desencantos de Amor", em versão de luxo em ca...