A vida dá-nos muitos caminhos estranhos.
Com dificuldade, lá conseguimos arrumar num qualquer armário, a dor, amor, sonhos, que sentimos por determinada pessoa. Prendemos-a numa cave, e subimos a escada, aterrorizados de sequer olhar para trás.
E com tal "corajosa" acção conseguimos encontrar vida, imiscuirmo-nos na multidão, tropeçar em novos desafios para o coração. E vá-se lá saber como, encontrei-os. G era o seu nome. Sofisticada, inteligente, bela, pura, a mulher perfeita.
Ainda assim, na desconfiança, demorei a abraçar o Amor. Ao contrário da E., não vivíamos nos braços de Platão. Saboreávamos a ilusão que a paixão pode trazer.
Mesmo assim não foi suficiente...
Amar requer investimento. Ter noção do que existe e acreditar. Acreditar que por mais dificuldades que existam, é possível lutar pela felicidade.
Felicidade?
Amor?
Conceitos tão fúteis nos dias presentes.
Como se produtos rascas de uma loja do chinês se tratassem.
Para que estou eu aqui a falar de Amor?
Quem acredita no Amor?
Só os loucos são capazes de tal empreendimento...
Ainda assim, se a E. nunca em algum momento me iludiu, a G. deixou passar mais de um longo ano até se aperceber da sua vontade.
Dizem os contos de fada que é um sonho podermos passar um dia com quem amámos.
Eu passei um ano com uma mulher que amei, e sinceramente sinto-me no esgoto.
Não acreditem nisso.
Mais vale dizerem-nos NÃO, do que NIM, e descobrirmos que vivemos numa ilusão.
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